Crítica: Dictado (2012)



FICHA TÉCNICA

Título Nacional: Dictado
País Origem: Espanha
Realizador:  Antonio Chavarrías
Género: Thriller
Duração: 90 minutos

Trailer








Tive a oportunidade de ver este filme no Syfy Fest - 3º Mostra de Cinema Fantástico, que decorreu no passado fim-de-semana nos cinemas São Jorge em Lisboa. A sessão contou com a presença do realizador Antonio Chavarrías, que introduziu o filme e respondeu no final a uma série de perguntas sobre o mesmo. 


Em Dictado, Daniel (Juan Diego Botto) e Laura (Bárbara Lennie) são um jovem casal que tenta ter um filho mas sem sucesso, e que inesperadamente acolhe Julia (Mágica Pérez) a filha de um amigo de infância de Daniel, depois de este se ter suicidado. Tudo normal até que Daniel começa a reviver o seu passado sombrio por causa da menina, esta desperta nele medos e sentimentos que este pensava já estarem ultrapassados. 


Dictado é uma história negra sobre a infância e o peso que esta pode vir a ter no futuro, como algo que tentamos colocar para trás e esquecer, pode voltar um dia para nos atormentar. Dictado vive em torno da personagem de Daniel, e no sentimento de culpa que se vai apoderando deste ao longo do filme, até chegar ao ponto de rotura, o que vai levar a um surpreendente desfecho. Sem interpretações geniais, mas que conseguem cumprir bem o seu papel, nomeadamente Mágica Pérez que está muito bem no papel da pequena Julia e devido ao seu enredo muito sólido, este filme tem o mérito de nos conseguir manter interessados do princípio ao fim. 

Seguindo o caminho do que se tem vindo a fazer de bom no cinema espanhol, nomeadamente neste género, Dictado apesar de não ser um grande filme não desilude.  


Nota: 6.5/10

Crítica por Paulo Saraiva 
 

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