Crítica: The Hunger Games (2012)



FICHA TÉCNICA

Título Nacional:
The Hunger Games - Os Jogos da Fome
País Origem: EUA
Realizador: Gary Ross
Género: Acção / Drama / Ficção Científica
Duração: 142 minutos

Trailer









The Hunger Games, o filme que se baseia no primeiro livro da trilogia dos Jogos da Fome de Suzanne Collins, estreou recentemente e é já um fenómeno mundial e um sucesso de bilheteira.

Em The Hunger Games uma América destruída pela guerra e pela fome deu lugar a uma nação chamada de Panem, que é agora controlada por um regime autoritário. Panem divide-se em 12 distritos, e todos os anos são seleccionados 2 jovens de cada um destes distritos, um rapaz e uma rapariga para participar nos jogos da fome, numa espécie de tributo à benevolência de quem detêm o poder em Panem. Nos jogos da fome 24 jovens lutam entre si até à morte, sendo que só um pode sobreviver no final, sendo assim consagrado como o grande vencedor dos jogos. No filme seguimos a história de Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), uma jovem do distrito 12, um dos mais pobres da nação e onde a luta por comida é constante. Katniss vê-se obrigada a participar nos jogos da fome quando a sua irmã mais nova é seleccionada para os mesmos, e para que isso não aconteça esta oferece-se para ir no seu lugar. A partir deste momento Katniss vai lutar pela sua sobrevivência e lutar contra todas as probabilidades, pois do seu distrito não se reconhecem quaisquer vitórias nas 73 edições anteriores.


O filme começa por nos apresentar todo o mundo de Panem, e todas as personagens que fazem parte deste, num cenário onde rapidamente descobrimos que as diferenças sociais são mais que evidentes. Dei por mim a pensar que este filme ia ser uma espécie de Battle Royale (2000) futurista com personagens tiradas da Alice no País das Maravilhas (2010), algo que felizmente não passou disso, um breve pensamento. The Hunger Games funciona de forma quase perfeita, com um enredo sólido e uma narrativa muito inteligente que consegue nos “prender” à história. Infelizmente a primeira parte do filme funciona melhor que a segunda, pois todo o tempo que o filme leva a preparar-nos para os jogos da fome, quando estes realmente começam a narrativa perde aqui alguma da força e torna-se num filme completamente diferente. A primeira parte, onde são apresentadas as personagens e todo o ambiente está muito bem construído, e algo que me agradou foi que demorou o seu tempo para o fazer, não apressando deste modo a narrativa. Na segunda parte aconteceu o contrário, pois tudo é apressado e o que deveria de ser a parte mais entusiasmante do filme, não o foi. A actriz Jennifer Lawrence mostra aqui uma vez mais todo o seu talento, algo que comprovamos assim que começam os jogos da fome, pois carrega nesta parte todo o filme às suas costas. 

Algo que não gostei foram os movimentos de câmara, nomeadamente no principio do filme, pois estavam muito acentuados o que criava algum desconforto, e também nas cenas que envolviam lutas, dificultando assim a percepção do que estava a acontecer. O final do filme deixou algo a desejar, pois estava à espera de algo mais emocionante e memorável. 


Em resumo não é um filme perfeito, mas esteve lá perto, cometeu alguns erros que poderiam ter sido evitados se tivessem seguido outra abordagem, mas não deixa de ser um filme muito interessante e que teve o mérito de me deixar ansioso por ver e saber mais deste mundo e o que se vai passar a seguir.


O Melhor – Jennifer Lawrence, mostra aqui mais uma vez todo o seu talento e o porquê de poder vir a ser uma grande estrela.

O Pior – A segunda parte do filme, não está à altura das expectativas criadas e por isso deixa muito a desejar.


Nota: 7/10

Crítica por Paulo Saraiva 

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