Crítica: Immortals (2011)



FICHA TÉCNICA

Título Nacional: Imortais
País Origem: EUA
Realizador: Tarsem Singh
Género: Acção / Fantasia
Duração: 110 minutos

Trailer










Immortals é um filme visualmente deslumbrante assim como vazio de conteúdo, a narrativa, e a relação entre os protagonistas assume um papel secundário face à componente estética do belo e do espectacular, em paralelo ás restantes obras deste Realizador: The Cell (2000) e The Fall (2006). Tarsem Singh apresenta-nos assim, um filme que mescla os mundos de 300 (2006) no que refere à defesa da integridade de um povo face à ameaça de um vasto exército e Clash of the Titans (2010) na relação que pretende estabelecer com a mitologia Grega, é neste contexto que a meu ver se fundamenta Immortals.


Após morte da sua família o Rei Hyperion (Mickey Rourke) jura vingança sobre os Deuses de Olimpo que não ouviram as suas preces, para concretizar esta vontade forma um exército de enormes proporções que varre toda a Grécia em busca do lendário Arco de Epirus, artefacto que detêm o poder de libertar os Titans da sua prisão em Monte Tártaro (Deuses indignos exilados e aprisionados por Zeus).

Dita a lei que os Deuses não podem intervir nos conflitos do Homem. Estes permanecem impotentes face ás atrocidades cometidas pelo exército de Hyperion, até que um jovem camponês de nome Theseus (Henry Cavill) se afigura como a sua única esperança. Secretamente escolhido por Zeus (Luke Evans), Theseus têm em mãos a difícil tarefa de salvar a Humanidade.  


Se ao nível da narrativa, o filme é decepcionante, assim como as performances fracas face à mediocridade e leviandade dos personagens, tecnicamente no seguimento da estética que segue é muito bem conseguido, naquilo que trata ao guarda roupa, direcção artística, efeitos especiais, tudo é  executado com extremo cuidado e atenção. 

Ao fim de contas, o filme é tudo aquilo que se pode esperar de um Blockbuster, é aquele bombom reluzente que nos deixa de água na boca, muito chamativo visualmente mas ao fim de contas é azedo como tudo, tornamo-nos indiferentes e esperamos não voltar a comer do mesmo. 


O Melhor – Direcção Artística - Cena memorável do combate entre os Deuses do Olimpo e os Titans. 

O Pior – O desenvolvimento da narrativa, personagens levianas e superficiais que por sua vez conduzem a performances medíocres.


Nota: 5/10

Crítica por João Santos

Comentários