FICHA TÉCNICA
Título Nacional: Brave - Indomável
Título Nacional: Brave - Indomável
País Origem: EUA
Realizador: Mark Andrews, Brenda Chapman
Género: Animação
Duração: 100 minutos
Duração: 100 minutos
"Desde os tempos ancestrais, histórias de
batalhas épicas e lendas míticas passaram de geração em geração nas montanhosas
e misteriosas Terras Altas da Escócia." A feitiçaria, o recurso a
sacrifícios humanos e a adoração a varias divindades eram características
marcantes da religião existente nesta nação, essencialmente influenciada pelo
paganismo germânico e a mitologia grega que chegaram através dos celtas. O povo
celta, cujos mitos e bravura em batalha são lendários, acreditavam em espíritos
existentes em objectos naturais como as árvores e as pedras. Brave transporta o
espectador até à antiga Escócia onde acompanhamos Merida, uma jovem princesa
que decide enfrentar a tradição e desafia o destino para tentar mudar o rumo da
sua vida.
Pela
primeira vez a Pixar aposta numa protagonista feminina, apresentando
uma história mais convencional e mais próxima dos contos de fadas que a
Disney já nos habituou. Apesar disso, Merida foge do estereotipo de
princesa delicada. Embora esteja destinada a suceder à sua mãe,
revela-se uma adolescente impulsiva e aventureira que tem dificuldade em
aceitar tamanha responsabilidade, desafiando as regras impostas pelos
seus pais. O conflito gerado entre Merida e os pais marca uma das
temáticas principais do filme, sendo a relação com a sua mãe a mais
problemática. A falta de entendimento entre mãe e filha deve-se aos
valores tradicionais relativos ao casamento e obrigação social que a
rainha quer imbuir na educação da sua filha, numa época em que a mulher
não escolhia com quem casava e devia aprender os seus deveres sociais.
Merida identifica-se mais com o pai e não não entende as coisas da mesma
forma que a mãe, querendo para si outro tipo de vida. O resultado deste
conflito irá culminar num terrível acontecimento, envolto de um enorme
misticismo, que mudará para sempre a vida das duas. Pelo meio são
introduzidas várias lendas folclóricas características da cultura e
tradições medievais escocesas.
A
narrativa perde demasiado tempo a introduzir a história e as
personagens, estabelecendo a presença de alguns elementos que nunca
chegam a ser explorados. Depois disso segue uma narrativa bastante
linear, acabando por desenrolar-se demasiado depressa quando era de
esperar algo mais coerente. Mesmo quando a história se foca na ligação
entre a mãe e a filha ou a possível perda da mãe, seria de esperar mais
emoção, mas isso perde-se na forma como os acontecimentos são
apresentados e faz com que o espectador não sinta grande empatia pelas
personagens.
Visualmente, Brave está excelente. Sem duvida a animação é o ponto mais forte e surpreendente do filme. Os belíssimos e pormenorizados cenários sobressaem ao longo de todo o filme, conseguindo captar a essência das misteriosas terras altas da Escócia. O excelente trabalho de animação estende-se até às personagens, que estão igualmente fenomenais e onde se destaca o cabelo e as expressões de Merida.
Visualmente, Brave está excelente. Sem duvida a animação é o ponto mais forte e surpreendente do filme. Os belíssimos e pormenorizados cenários sobressaem ao longo de todo o filme, conseguindo captar a essência das misteriosas terras altas da Escócia. O excelente trabalho de animação estende-se até às personagens, que estão igualmente fenomenais e onde se destaca o cabelo e as expressões de Merida.
A
nível de som, apesar de se notar uma influencia característica da
época, não posso dizer que haja alguma musica memorável presente na
banda sonora.
Apesar
de não estar ao mesmo nível de outros de outros títulos da Pixar, Brave
não deixa de ser um filme divertido e agradável de ver. Para alem da
história e animação, tenta passar alguns valores familiares e
morais, levando-nos a reflectir um pouco sobre as nossas decisões e
consequências dos nossos actos.
Uma ultima nota, para dizer que durante o filme não pude deixar de reparar varias semelhanças em relação a outros filmes, principalmente com a história do filme Kenai e Koda (2003) ou o design da bruxa de A Viagem de Chihiro (2001).
Uma ultima nota, para dizer que durante o filme não pude deixar de reparar varias semelhanças em relação a outros filmes, principalmente com a história do filme Kenai e Koda (2003) ou o design da bruxa de A Viagem de Chihiro (2001).
O Melhor: A animação, nomeadamente os detalhes dos cenários e da personagem Merida
O Pior: O desenrolar da narrativa
Nota: 6.0/10
Crítica por Gonçalo Jorge
Crítica por Gonçalo Jorge
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